Com Assessoria
(imagens aleatórias meramente ilustrativas)
Vice com dois dias de treino
(imagens aleatórias meramente ilustrativas)
Provas do 1º
Campeonato Brasileiro de River Sup foram realizadas neste final de semana, em
Foz do Iguaçu, com 16 inscritos e duas modalidades: slalom e sprint.
O 1º Campeonato Brasileiro de River Sup chegou ao fim, neste domingo (8), no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, com o saldo positivo. A novidade – remar em pé sobre uma prancha – agradou a todos: atletas, organizadores e patrocinadores. Mesmo para os competidores com experiência prévia no stand up paddle, o evento foi um fato novo: foi a primeira oportunidade que os 16 inscritos tiveram para testar suas habilidades no slalom (contorno de obstáculos) e no sprint (contra o relógio) em águas bravas e em um mesmo local.
O 1º Campeonato Brasileiro de River Sup chegou ao fim, neste domingo (8), no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, com o saldo positivo. A novidade – remar em pé sobre uma prancha – agradou a todos: atletas, organizadores e patrocinadores. Mesmo para os competidores com experiência prévia no stand up paddle, o evento foi um fato novo: foi a primeira oportunidade que os 16 inscritos tiveram para testar suas habilidades no slalom (contorno de obstáculos) e no sprint (contra o relógio) em águas bravas e em um mesmo local.
A
competição começou no sábado (7), com o slalom, e terminou domingo (8), com o
sprint. Cada modalidade teve quatro baterias. A pontuação em ambas as provas
foi somada para determinar a classificação final. Dos cinco primeiros
colocados, três são canoístas de Foz do Iguaçu que aprenderam a modalidade na
véspera da competição. Ao final dos dois dias, o paulista Luiz Carlos Guida, o
“Animal”, foi campeão.
O
presidente da Confederação Brasileira de Stand Up Paddle (CBSUP), Ivan Floater,
disse que estrutura do Canal Itaipu superou suas expectativas e que outros
campeonatos virão. “Ninguém aposta numa ideia como essa para fazer apenas um
evento”, ressaltou. “Tenho certeza de que, após esse primeiro, os próximos
serão ainda melhores, com mais atletas, patrocinadores e público.”
Resultado do 1º Campeonato Brasileiro
de River Sup:
1º)
Luiz Carlos Guida “Animal” – São Paulo/Naish Boardhouse;
2º)
Richarleston Alves do Amaral – Foz do Iguaçu/Adere;
3º)
Adriano Siano Bragança – Foz do Iguaçu/Adere;
4º)
Mário Cavaco Neto – Santos/Kialoa;
5º)
Michel Trindade Moura – Foz do Iguaçu/Adere.
A
experiência do iguaçuense Richarleston do Amaral, de 21 anos, com o stand up
paddle se resumiu a dois dias de treinos e aos outros dois de competição. Foi o
que bastou para ele se tornar o vice-campeão do 1º Campeonato Brasileiro de
River Sup. À frente dele ficou apenas aquele que é considerado o melhor da
modalidade no Brasil, o “Animal”, um dos poucos, entre todos os 16
participantes, a chegar à disputa com alguma experiência. “Mas nunca tinha
remado em um lugar como esse”, admitiu o campeão, conhecido pelas conquistas em
alto mar.
O
novato Richarleston, no entanto, conhece bem o Canal Itaipu. Ele é canoísta com
origem no Projeto Meninos do Lago – surgido em 2008, como resultado de uma
parceria entre a Federação Paranaense de Canoagem, a Confederação Brasileira de
Canoagem (CBCa) e a Itaipu, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao
Adolescente (PPCA).
Competindo
“no quintal de casa”, Richarleston levou familiares para torcer no sábado,
durante as provas do slalom. “A gente acaba torcendo por todo mundo, e não só
para ele”, disse a tia, Deli Nunes, de 41 anos, solidária à dificuldade e ao
esforço que todos demonstraram para se equilibrar em pé, sobre a prancha, e
remar contornando as balizas.
No
mesmo dia, após uma de suas descidas, foi agradecer ao apoio da família e
revelou não ter muita expectativa quanto ao resultado, mesmo conhecendo a
“linha d’água” do Canal Itaipu. “É bem diferente da canoagem, por ter que ficar
em pé”, disse. “Pelo menos como diversão [o stand up paddle] veio para ficar.
Para competir, vou ver mais para frente”, ressaltou.
No
domingo, quando foi anunciado como vice-campeão, o discurso mudou um pouco.
“Acho que vou arrumar equipamento para mim e treinar mais”, disse, visivelmente
animado.
Foz pode virar centro de stand up
paddle
Nas
margens do Canal Itaipu, uma figura se destacava em meio aos fotógrafos,
cinegrafistas e o público que procurava o melhor lugar para assistir às provas
do 1º Campeonato Brasileiro de River Sup. Ora sentado, ora correndo para
acompanhar as descidas, o presidente da Confederação Brasileira de Stand Up
Paddle (CBSUP), Ivan Floater, fazia também o papel de juiz – somando-se ao de
organizador e promotor do evento. Ele não escondia o entusiasmo. “Foz será um
centro de stand up paddle”, profetizou.
Vindo
de alguém que “joga nas 11” para ajudar a desenvolver o esporte, o otimismo
pode parecer suspeito. Mas ele justifica. E vai além. “Esse não é apenas o primeiro
campeonato brasileiro, mas também um modelo de competição para o mundo, porque
não houve, até agora, em nenhum outro lugar, uma disputa de diferentes
modalidades de stand up paddle em um local tão propício para isso, como o Canal
Itaipu.”
O
apoio da Itaipu – que, além de ceder o espaço para a competição, também a
patrocina – foi fundamental, garante o presidente da confederação. “Qualquer
campeonato precisa de patrocínio, e quando a Itaipu apareceu foi uma grande
comemoração”, afirmou. “Sairemos daqui com muitas ideias para incentivar ainda
mais o esporte na cidade.”
Segundo
Floater, o evento pode ser um catalizador do stand up paddle em Foz do Iguaçu,
tornando-o, a partir de agora, cada vez mais difundido na região. “Após essa
primeira experiência, se o próximo campeonato tiver uma boa divulgação,
poderemos ter 200 atletas participando [neste ano, foram 16]”, disse. “É um
lugar lindo, preservado, limpo e com gente muito educada. Como organizador de
um evento, preciso ver isso tudo.”
O
aprendizado relativamente fácil e o contato com a natureza são as grandes
virtudes desse esporte, que pode ser praticado em rios, lagos e corredeiras.
Perfeito para a Terra das Cataratas.
Primeiras remadas
Quem
teve o primeiro contato com o esporte aprovou – seja apenas olhando, seja
caindo na água. Isso mesmo: no sábado (7), houve quem não se limitou a apenas
observar.
A
poucos metros do Canal Itaipu, no lago de descanso do Parque da Piracema,
dentro da usina, dezenas de pessoas mataram a curiosidade tendo aulas práticas
gratuitas na oficina de stand up paddle oferecida a quem quisesse aprender –
com direito a equipamento de segurança e instrutores. O local, muito mais calmo
que as corredeiras onde os já iniciados mediam força, é propício para dar as
primeiras remadas sobre a prancha.
“Todos
os que experimentam gostam muito”, disse Gustavo Lourenço, integrante da
Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere),
instrutor voluntário na oficina. “Estamos fazendo isso [aulas práticas
gratuitas] para divulgar o esporte, que tem tudo para crescer aqui”, completou
sua colega, Carolina Ribas.
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