Imagens: Vison Art
A central hidrelétrica de Itaipu, compartilhada por Brasil e Paraguai, bateu nesta segundafeira, pelo segundo ano consecutivo, o recorde mundial de produção de energia, ao alcançar um total de 98,5 milhões de megawatts por hora (MWh).
O Edifício de Produção da usina foi o palco onde foi contabilizado, minuto a minuto, a consecução do recorde, alcançado às 14h38 local (15h38, horário de Brasília), informou em comunicado a entidade binacional.
Esse é o segundo ano seguido em que a usina supera seu máximo energético. Iatipu é a segunda maior hidrelétrica do mundo (depois da chinesa das Três Gargantas), mas a primeira em geração de energia. Em 2012, alcançou o pico de 98.287.128 MWh.
"Para o Paraguai este recorde significa uma contribuição importante para seu desenvolvimento com vista ao investimento estrangeiro", disse à Agência Efe Alfredo Cantero, chefe de imprensa do lado paraguaio da entidade.
Já o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, em comunicado oficial atribuiu a superação do próprio recorde de geração à boa gestão dos recursos disponíveis e ao comprometimento dos próprios empregados. "Itaipu vai continuar empenhada para atender as necessidades do setor elétrico do Brasil e do Paraguai e ajudar a garantir o desenvolvimento econômico dos dois países irmãos".
A usina possui 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada. Em 2013, forneceu 16,9% da energia consumida no Brasil e 75% da consumida no Paraguai. A produção acumulada em 29 anos de operação (1984 a 2013) totaliza 2.135.500.000 MWh.
Segundo a entidade, a grande produção de energia foi alcançada mediante boas condições ao long o de 2013, como a alta demanda de energia dos mercados interligados à Itaipu e ao bom funcionamento das máquinas.
A produção anual de Itaipu é suficiente para abastecer o consumo elétrico do mundo durante dois dias; o da China por sete dias e o dos Estados Unidos por oito dias, segundo dados da hidrelétrica.
O Paraguai tem direito à metade da energia gerada em Itaipu, mas consome apenas 10% por sua menor demanda e por falta de uma linha de distribuição eficiente. O resto é vendido ao Brasil, que paga cerca de US$ 360 milhões anuais pela energia desde 2011, ano em que triplicou a compensação em virtude dos acordos de 2009.
Em outubro deste ano, a presidente Dilma Rousseff e o presidente paraguaio, Horacio Cartes, inauguraram a primeira linha elétrica de alta tensão do Paraguai, para aproveitar mais energia da represa, uma obra que custou US$ 555 milhões.
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